Na palestra "A Terapia Ocupacional no TEA em diferentes contextos", Flavia trouxe diferentes vídeos de algumas de suas sessões para apresentar ao público, primeiramente, seu trabalho como TO no auxílio em questões motoras e comportamentais. De acordo com Flavia, não há uma "receita de bolo" para trabalhar com a pessoa com Autismo, mas diversas ferramentas que podem ser utilizadas em busca de sua autonomia.
Foto: Paula Moizes |
Flavia comentou que seguidamente ela envia vídeos para os pais de como determinada atividade deve ser desenvolvida. Volta e meia os familiares também enviam vídeos emocionados exibindo a primeira vez que o(a) filho(a) comeu ou se vestiu sozinho(a), por exemplo.
Quanto às ferramentas, a História Social e o Check-List são algumas das utilizadas para antecipação de rotina/contextualização de um evento e listagem de necessidades para uma determinada necessidade. Ambos possibilitam que a pessoa com Autismo possa se organizar melhor.
Tanto na História Social como no Check-List podem ser usados os elementos visuais da Comunicação Alternativa. Flavia lembrou que algumas crianças gostam tanto dessas ferramentas que elas mesmas pedem aos pais para que façam, demonstrando também um alto nível de controle emocional, como apontou a TO. Canções, quebra-cabeças e atividades no chão são outras ferramentas que também são utilizadas por Flavia nos atendimentos.
A Terapeuta Ocupacional Flavia Matias. Foto: Paula Moizes. |
As atividades realizadas devem aumentar de complexidade de acordo com o desenvolvimento da criança. Flavia deu exemplos de exercícios de diferentes níveis de complexidade e lembrou que é possível aumentar a complexidade de cada nível também.
A frequência dos atendimentos pode variar: a TO destacou que há crianças que começam com sessões intensas e aos poucos vão diminuindo essa frequência, dependendo do desenvolvimento que essa criança apresenta ao longo dos atendimentos.
Sócio-voluntárias do Autismo & Vida com as convidadas Flavia Matias e Madebe Schmidt. Foto: Paula Moizes |
A importância da interdisciplinariedade no desenvolvimento da pessoa com Autismo também foi lembrada por Flavia em sua fala. De acordo com a TO, é essencial que os profissionais que atendem a pessoa com TEA reconheçam as contribuições e os limites impostos por cada área, seja da Saúde, da Educação, etc. Em relação ao seu trabalho de equipe com a Pedagoga Madebe Schmidt, Flavia ressaltou que o papel da TO é organizar a criança com Autismo para que Madebe possa focar, principalmente, nas questões pedagógicas.
Logo após o final da palestra, demos início a mais uma edição do nosso Projeto Abraço, um espaço aberto de acolhimento e troca de experiências entre familiares de pessoas com Autismo. Até o próximo encontro na AMRIGS!
Foto: Paula Moizes |
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